Agricultores conhecem experiências agroecológicas em intercâmbio

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Agricultores e agricultoras dos municípios de Valente, Conceição do Coité, São Domingos e Retirolândia, beneficiários do Projeto de ATER Semear IV da Fundação APAEB/SDR/BAHIATER, participaram de Intercâmbios na Unidade Produtiva Familiar – UPF do agricultor Abelmanto, situada na comunidade de Mucambo, município de Riachão do Jacuípe. As atividades foram realizadas nos dias 12, 17 e 23 de outubro e foram articuladas pela equipe do Projeto.

Na propriedade de seu Abel, como é chamado, há uma diversidade de técnicas de convivência com o semiárido que foram inventadas ou experimentadas por ele. Entre as técnicas e práticas observadas pelos 100 agricultores/as que passaram pela propriedade durante os Intercâmbios, está o biodigestor; reuso de água para produção agrícola; propagação vegetativa de plantas da caatinga, frutíferas e ornamentais; alimentação alternativa para os rebanhos; sistema artesanal de captação de água; cultivo de palma adensada em curva de nível; beneficiamento de frutas e horta pedagógica.

“Foi muito bom ter vindo pegar um pouquinho da prática. Ver pra tentar fazer alguma coisinha na nossa propriedade. Estou grata por tudo que fica de experiência”, expressou a agricultora Maria Porfira, beneficiária do Semear IV, na comunidade de Papagaio em Valente-BA.

“Espero que essa visita sirva para termos um novo olhar para o nosso semiárido e nossa estrutura de produção. Gostaria de encontrar alguns de vocês depois, ou todos, e quem sabe ouvir que estão implantando algo que viram por aqui. Nossa propriedade é um livro aberto e agradeço a Fundação APAEB por ter escolhido as nossas tecnologias para apresentar”, manifestou o agricultor experimentador, Abelmanto.

Pra o engenheiro agrônomo e coordenador do Semear IV, Enio Dias, os intercâmbios são metodologias ricas para o trabalho de ATER ao promoverem o estímulo à implantação de práticas exitosas no campo. “Ver na prática as experiências que dão certo, em um contexto próximo do que cada agricultor ou agricultora vive, é muito motivador para que as tecnologias sejam de fato implantadas e replicadas. Os olhares e manifestações de admiração diante de cada experiência nos mostram isso. É gratificante”, destacou Dias.